terça-feira, 31 de julho de 2012

Documentário - Lima Barreto: um grito brasileiro. (Mestres da Literatura)




Sinopse


O documentário relata a breve, conturbada e brilhante vida do escritor Lima Barreto.

Após o pai enlouquecer, Lima abandonou os estudos para cuidar da família. Mulato, sofreu com o racismo. Destacou-se no cenário da literatura com a publicação de Triste fim de Policarpo Quaresma.

O programa destaca a importância dessa obra para a literatura brasileira e fala sobre o forte sentimento nacionalista do escritor.



Ficha Técnica

Equipe Polo de Imagem
Roteiro e Direção: Hilton Lacerda
Produção Executiva: Malu Viana Batista
Escrito por Hilton Lacerda
Coordenação de Produção: Marcia Lima
Direção de Fotografia: Ivanildo Machado
Edição: Lessandro Sócrates
Design Gráfico: Eduardo Gurman, Fernando Nogueira
Trilha Sonora Original: Trex/M3
Narração: Tatá Guarnieri

Equipe TV Escola
Direção de Produção: Antonio Augusto Silva
Coordenação de Programação: Rogério Soares
Coordenação de Material Didático: Vera Maria Arantes
Produção: Marilda Cabral





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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Simplificando - Descortinando Mario Quintana (poeta)



Quando saía à rua,
evocava Tolstói.
Fugia de casa,
aberto a caminhos,
seguindo
alma e coração.
Num momento inesperado,
ele chegou.
Veio ao mundo
já sabendo,
que o tempo,
não passa de ilusão.
Farmacêutico da vida,
receitou o simples.
Letras certeiras
são remédio, que
descomplicam dores,
sem remediação.
A linha do seu destino,
o poeta escreveu.
Desde menino,
dando mão ao sonho,
fez da vida
linda canção.

Joakim Antonio



A verdadeira arte de viajar 

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, 
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. 
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... 
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando! 


(Quintana in “A cor do invisível”) 





Mario Quintana nasceu em Alegrete, dia 30 de julho de 1906 e, com 20 anos, vem morar em Porto Alegre. Morou no Hotel Majestic de 1968 a 1980.

Publicou mais de 20 livros, sem contar as antologias. O primeiro, aos 34 anos, “A Rua dos Cataventos”. O último, em 1990 “Velório sem Defunto”. Com Sapato Florido, Pé de Pilão, Caderno H, Esconderijos do tempo, Lili inventa o mundo, consagrou-se como poeta do cotidiano e lirismo, e um dos ícones da literatura brasileira.

Poeta, jornalista e tradutor, trabalhou nos Jornais O Estado do Rio Grande e no Correio do Povo (com sua coluna Caderno H). Como tradutor, notabilizou-se com sua impecável tradução de Proust. Traduziu a literatura européia, como Giovani Papini, Virginia Woolf, Voltaire, entre outros.

Morreu em 5 de maio de 1994, aos 87 anos, imortalizado pela Casa de Cultura que leva seu nome e, principalmente, pelo Quarto do Poeta, uma reconstituição fiel com móveis e objetos pessoais do escritor.

Clique Aqui para visitar o site, criado comemoração aos 100 anos do poeta.


Imagem 1: Quarto V by  Itamar Aguiar


Imagem 2: CCMQ by Liane Neves

domingo, 29 de julho de 2012

Cepa



Quem veio primeiro
a ideia ou o eu
aparentemente juntos
igualmente frágeis
enraizados na Terra
buscando o Sol

Qual o mais importante
o nós ou o todo
concretamente unidos
fortes na indiferença
fracos na busca
de céu a mar

Quando iremos notar
que pássaro e peixe
vulcões e mares
homens e estrelas
sangram a mesma seiva
frutos da mesma cepa


Joakim Antonio


Photo: Sarolta_Ban_16

sábado, 28 de julho de 2012

Recato



Desenhou novas asas, querendo novamente o céu. Deitou tentando se aconchegar, mas olhares a atravessavam. Então encolheu-se mais, usando um ombro como travesseiro, cobrindo o seio com o braço esquerdo e ganhando um afago da própria mão. Nunca sentira tanto pudor. Sem as asas, sentiu a alma nua.


Joakim Antonio


Imagem: Wings by Shutterbug

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Concursos Literários do mês de Agosto





Concursos do Mês - Agosto de 2012

*Confira também a lista completa dos Concursos do Ano e a lista das Seleções Permanentes no blog Concursos Literários

As datas nos tópicos referem-se ao prazo limite para realizar a inscrição.



02.08.2012 - Bolsas FBN / Funarte de Criação e Circulação Literária

05.08.2012 - Concurso Cultural "Poesia Urbana"

06.08.2012 - 1º Concurso de Contos de Ituiutaba - Águas do Tijuco

09.08.2012 - Prêmio IAP de Artes Literárias

10.08.2012 - Concurso de Literatura "Brasília é uma festa"

10.08.2012 - Prêmio Professor Mário Clímaco - ALEPON

10.08.2012 - XI Concurso Literário Faccat - Jornal Panorama

10.08.2012 - II Concurso Cultural da SESQV Rio - Prêmio Cidade Maravilhosa

13.08.2012 - 28º Festival Poético do SESC-PR

13.08.2012 - X Concurso Regional de Contos, Crônicas e Poesias Oscar Bertholdo

15.08.2012 - 6º Prêmio UFF de Literatura

15.08.2012 - Prêmio Itanhaém de Literatura 2012

15.08.2012 - Prêmio Nacional Mogi das Cruzes de Literatura

16.08.2012 - Prêmio Dalcídio Jurandir de Literatura

17.08.2012 - Prémio Literário Hernâni Cidade 2012

17.08.2012 - 16° Concurso Literário Mansueto Bernardi

20.08.2012 - XIII Concurso Literário ACLe

20.08.2012 - 2º Concurso de Poesias de Salgueiro-PE

20.08.2012 - Prêmio Literário Teixeira e Sousa 2012

20.08.2012 - XXXI Concurso Literário da Uniso

21.08.2012 - IV Concurso Poético Internacional UPF (Argentina)

24.08.2012 - FEMUP - Festival de Música e Poesia de Paranavaí

24.08.2012 - IV Festival Aberto de Poesia Falada de São Fidélis

24.08.2012 - Projeto Microcontos Ilustrados - NET Educação

30.08.2012 - III Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil

30.08.2012 - 4º Concurso de Poesia 'Poetizar o Mundo'

30.08.2012 - Varal de Poesias UNIFAMMA

31.08.2012 - XIII Concurso de Poesias de Casimiro de Abreu

31.08.2012 - XV Concurso Nacional de Contos 'Prêmio Jorge Andrade'

31.08.2012 - VII Concurso Contos do Tijuco - Whisner Fraga

31.08.2012 - IV Concurso de Poesia Popular da UBT-Maranguape

31.08.2012 - 26º Psiu Poético

31.08.2012 - Concurso Cesgranrio Novos Talentos da Poesia

31.08.2012 - X Prêmio Barueri de Literatura

31.08.2012 - Concurso Literário 'Cem Anos da Paróquia Santo Antônio em Verso e Prosa'

31.08.2012 - Prorrogado - Seleção para Antologia "Mil Poemas para Gonçalves Dias"

31.08.2012 - Concurso de Poesias "Meio Ambiente na Escola"

31.08.2012 - Prêmio Paraná de Literatura




Informações completas sobre premiações e inscrições no blog




Obs.: O blog Concursos Literários só publica concursos com inscrições gratuitas.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Criança pererê - Descortinando Cassiano Ricardo (poeta)





Criança pererê
vive a pular
um pé na oca
outro na cidade
hora verde
hora amarela
resquícios culturais
de antigas verdades
resquícios modernos
de civilidade

Criança pererê
quando dá
pula e sobe
no pé que quiser 
em casa touca
na rua boné
no quintal
vestes poucas
na rua
da cabeça aos pés

Criança pererê
a brincar
de rei do mundo
perfeitamente
conjugado
hipocritamente
correto
puramente ingênuo
sem saber
que realmente é rei

Joakim Antonio



Poética

1
Que é a Poesia?

Uma ilha
Cercada
De palavras
Por todos
Os lados.

2

Que é o Poeta?

Um homem
Que trabalha o poema
Com o suor do seu rosto.
Um homem
Que tem fome
Como qualquer outro
Homem. 

CASSIANO RICARDO





Quarto ocupante da Cadeira 31, eleito em 9 de setembro de 1937, na sucessão de Paulo Setúbal e recebido pelo Acadêmico Guilherme de Almeida em 28 de dezembro de 1937. Recebeu os Acadêmicos Fernando de Azevedo e Menotti del Picchia.

Cassiano Ricardo (C. R. Leite), jornalista, poeta e ensaísta, nasceu em São José dos Campos, SP, em 26 de julho de 1895, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de janeiro de 1974.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Tecla única - Dia do Escritor




O que te faz insistir sempre na mesma tecla, você come, dorme, acorda e tudo muda, menos essa compulsão, esse querer sempre mais.

O que será esse insistir que borbulha em suas veias, não no lugar, mas junto ao sangue, há muito contaminado, desde aquele dia que, pela primeira vez, colocou a mão na tinta e a pressionou sobre a parede.

Será que você pensou no depois, enquanto caçava de dia e ao desenhar varando a noite, será que já sabia, que com a mesma ponta do dedo, mas a tinta agora enlatada, voltaria a desenhar nas paredes, já não mais escondidas.

Quando foi que você começou a pausar a vida, olhar para a amante, pensar nos atuais ou futuros filhos, admirar não só o gosto, mas as cores e disposição da comida, olhar o céu querendo o voo dos pássaros e guardar suas penas coloridas.

Em qual momento percebeu, que a pena era suave na mão e que ainda fresca, escorria preciosa tinta, da mesma cor que corria em suas artérias, irrigando o coração de emoção e aumentando o desejo de deixar eternizadas, as imagens que se formam em sua retina.

Quem poderá saber, além de você, porque insiste na mesma tecla, quem poderá questionar os porquês dos poetas, quem ousará entender a mente do escritor e quantos loucos mais surgirão, tentando desvendar a loucura presente, nas linhas da própria mão.


Joakim Antonio


Parabéns a todos escritores!


O Dia Nacional do Escritor foi instituído no dia 25 de julho de 1960, definido por Decreto Governamental, após o sucesso absoluto do 1º Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, por iniciativa de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, Presidente e Vice-Presidente, respectivamente.

Imagem:  Montagem by Descortinamento Mental

terça-feira, 24 de julho de 2012

Casa da colina - Descortinando Guilherme de Almeida (poeta)



Na casa da colina
morava um príncipe
no peito do poeta
uma pátria

Na bandeira hasteada
trincheiras de luto
armas em brasa
coração rubro

Na alma revolucionária
há ocidente e oriente
prosas de direito
haikais mil

Na casa da colina
traduz-se um poeta
nas suas linhas
o Brasil

Joakim Antonio



"A casa na colina é clara e nova. A estrada sobe, para, olha um instante e desce".  Guilherme de Almeida


Terceiro ocupante da Cadeira 15, eleito em 6 de março de 1930, na sucessão de Amadeu Amaral e recebido pelo Acadêmico Olegário Mariano em 21 de junho de 1930. Recebeu o Acadêmico Cassiano Ricardo.

Guilherme de Almeida (G. de Andrade e A.), poeta e ensaísta, nasceu em Campinas, SP, em 24 de julho de 1890, e faleceu em São Paulo, SP, em 11 de julho de 1969.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Documentário - No caminho de Drummond. (Mestres da Literatura)





Sinopse


O episódio No Caminho de Drummond é um ensaio documental sobre o escritor mineiro.

O episódio evita as explicações didáticas e, através dos sons dos poemas e dos depoimentos, deixa espaço para o próprio Drummond guiar o telespectador por uma narrativa que mistura aspectos da vida e da obra do autor com falas de especialistas e admiradores.

O documentário é um convite aos professores e alunos para se debruçarem nos escritos de Drummond, para descobrir o prazer de se ler poesia e para tentar trazer a literatura para a vida do dia a dia.



Ficha Técnica

Equipe TAL 

Roteiro e Direção: Wagner Morales
Produção Executiva: Malu Viana Batista
Coordenação de Produção: Clara Ramos
Direção de Fotografia: Ivanildo Machado
Edição: Lessandro Sócrates
Design Gráfico: Deborah Guerra



Equipe TV Escola
Ministério da Educação Departamento de Produção e Capacitação em Programas de Educação a Distância Coordenação-Geral de Produção de Programas em Radiodifusão

Produção TV Escola 
Alexandre Fischgold
Érico Monnerat



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domingo, 22 de julho de 2012

Lançamento do livro Delenda - Amanda Reznor (22ª Bienal do Livro)




Está chegando a 22ª Bienal do Livro de São Paulo, que ocorrerá no espaço Anhembi, próximo à estação de Metrô Tietê-Portuguesa. E além, é claro, de diversas promessas de lançamentos bacanas, será a estreia do primeiro livro solo de Amanda Reznor, no estande da editora Delicatta.

A Bienal ocorrerá de 9 a 19 de agosto, e a autora promete estar lá todos os dias, sendo que dia 12, domingo, no horário das 16h às 17h, será sua mesa oficial de autógrafos. Aos interessados, segue a sinopse desta série que a autora vem criando desde 2003, chamada Vale dos Segredos, mas cujos volumes, embora possa haver mais de um, serão sempre independentes.


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DELENDA


         Capítulos: 15 - 300 páginas
         Ilustrado: Sim
         Publicação: Bienal do Livro SP 2012
         Autora: Amanda Reznor
         Editora: Literata
         Degustação do Livro: EM BREVE AQUI!


Release: Cláudia Blaise é uma garota quase comum: vive com sua avó em um bairro nobre, sustentada por uma generosa pensão deixada por seu avô. A única coisa que a difere de seus colegas da faculdade é que ela não conhece a mãe, que sumiu após o parto, e o pai, que foi assassinado no mesmo dia em que ela nasceu. No seu décimo oitavo aniversário, porém, uma surpresa está para alterar todo o rumo de sua vida. Mas o que vem disfarçado de um presente tentador pode ser, na verdade, uma cilada de encantos, mistério e morte...


Será que ela descobrirá os importantes enigmas do Vale dos Segredos e, mais importante, saberá como escapar desse terrível labirinto?

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sábado, 21 de julho de 2012

Minha Pena - Retratos da Alma



Minha Pena, coluna Palavra Expressa no site Retratos da Alma 


Era minha hora preferida, quando fechava os olhos e ia passear. Eu me via sempre sozinho, pois era meu local protegido, sempre de sol e águas limpas e uma praia com uma grande pedra, onde me sentava a meditar.

Mas, nesse dia, algo aconteceu, a pedra não estava lá, ou melhor, em seu lugar havia um amontoado de pedras menores e algo a brilhar no centro, destacando-se devido ao Sol. Então, me apressei a passos largos, machucando os pés nus entre as pedras e, ao chegar mais perto, tive certeza, era uma pena estrategicamente colocada no centro daquela paisagem surreal.

Olhando em volta, a impressão é de que a pena caíra do céu com tal velocidade que a força destruíra a enorme pedra onde eu meditava. A pena encontrava-se bem no centro e as pedras formavam um círculo perfeito a protegê-la das águas em volta, com uma curiosidade a mais...


Clique abaixo para ler o texto completo



sexta-feira, 20 de julho de 2012

Jogando-se - Dia do Amigo



Então se seus amigos se jogarem da ponte, você também se joga?

Com toda certeza mãe, ainda por cima, sorrindo.

Joakim Antonio


Cada um sabe o momento que vive e os amigos que tem, uns mais íntimos, outros apelidados de colegas e alguns mais, tidos apenas como conhecidos. Há os amigos virtuais, bem reais e também os imaginários, que existem ou não, dependendo da força da sua imaginação. Mas se fazemos algo juntos, uma coisa é certeza, há algo ali que nos faz realmente bem.

Um grande abraço a todos que me fizeram, me fazem e farão muito bem.

Feliz dia do amigo!




Dia do amigo

O Dia do Amigo é uma data proposta para celebrar a amizade entre as pessoas. No Brasil, Uruguai e Argentina, a data mais difundida para esta celebração é 20 de julho, aniversário da chegada do homem a lua. Em 27 de abril de 2011, a Assembleia Geral das Nações Unidas resolveu convidar todos os países membros a celebrarem o Dia Internacional da Amizade em 30 de julho.



No Brasil, apesar de não ser instituída por lei, o dia do amigo é também comemorado popularmente em 18 de abril. No entanto, o país também vem adotando a data de 20 de julho, sendo inclusive instituída oficialmente em alguns estados e municípios. Fonte: Wikipédia


Imagem: Friends by Nuno Ramos

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Cobrança - Descortinando Vladimir Maiakóvski (poeta)



A poesia me revela
justamente na falta
juntamente na falha
de grandes poetas
com bocas abertas
e palavras fechadas
em volta apenas deles
envoltos em cacoetes
falando apenas de si
não escrevendo
o simples
pois entraram
in complexus
menos povo
mais incesto
entre intelectuais
cheios de
mimimis

A poesia me encara
divinamente envidraçada
devidamente carregada
irradiando como o Sol
elétrons e prótons
para terra sem lei
na rede de nós
entre_lançados
diariamente
graças
a Deus e a Teus
divinos dons ocultos
em bites e bytes
perguntando onde andam
os bardos geeks
pois só vê o óbvio
de antiquíssimos versos
dos papiros do Egito

A poesia me acusa
constantemente de acidia
constatadamente verdadeira
por deixar de chocar
parindo apenas posts
com muito, amor, paz e doce
não mudando uma vírgula sequer
desse mundo iPadrão
onde Maiakovski
já saberia mil anos antes
que a revolução
não será televisionada
porque há tempos
já está sendo
devidamente twitada
com requintes de crueldade
por publicar sem pena
mais do mesmo

Joakim Antonio


"Traduzir poemas é tarefa difícil, especialmente os meus.
........................................
Uma outra razão da dificuldade da tradução de meus versos vem de que introduzo nos versos a linguagem quotidiana, falada...
Tais versos só são compreensíveis e só têm graça se se sente o sistema geral da língua, e são quase intraduzíveis, como jogos de palavras." Vladimir Maiakóvski



quarta-feira, 18 de julho de 2012

46664 - Prisioneiro da Paz - Descortinando Nelson Mandela (pacifista)




Diário de uma prisão Planeta Terra, dia 18 ano 67

Alguns se vêm presos pela carne, classe, status, destino. Outros pelas palavras ditadas, pelos ditos superiores, que se acham com mais estudo, a cor mais certa, a munição mais parruda. Há aqueles que vivem presos às memórias da infância, das oportunidades perdidas, do pouco que tinha e lhe foi tomado. Ainda há os que vivem presos por conveniência, para alegrar aos pais, aos filhos, a sociedade e ao seu íntimo.

Passei por tudo isso, vivenciando e observando. Vi meu povo e amigos morrendo e aprendi que o ódio que sentia, apenas se multiplicaria, se o deixasse preso dentro de mim. Ao longo de todo tempo, mantive meus princípios e por isso, mesmo preso, fui livre.


Eu fui detido pela guerra, mas fui preso pela paz.


Joakim Antonio

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Nova mente



Direto ao ponto
Não cheguei
Por bifurcações
Me perdi
Ao descansar
Me encontrei
Quando percebi
Já estava ali
Em conjunto
Logo depois
Só parado
Sonhando
Acordado
Nova mente
Querendo
O novo
De novo
E de novo...

Joakim Antonio



Imagem: New day by Mjagiellicz

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Documentário - Quatro vezes quatro: João Cabral de Melo Neto (Mestres da Literatura)




Sinopse

O programa enfoca a vida e a obra do escritor.

A partir de um depoimento do próprio poeta, de 1974, e das lembranças de amigos e familiares, narra-se a sua trajetória existencial desde a infância em Pernambuco até a velhice no Rio de Janeiro, com destaque para os quarenta anos em que viveu no exterior como diplomata. É também o próprio João Cabral quem comenta a sua poesia, ao lado de alguns dos principais estudiosos de sua obra e de outros poetas que conviveram com ele.

Os feitos e os livros de João Cabral se trançam através de um personagem, o jovem leitor anônimo, que descobre um livro com a obra completa do autor em uma banca de camelô no centro de São Paulo. A jornada de conhecimento do jovem leitor da poesia de Cabral, que ocorre através da leitura de alguns de seus principais poemas, conduz o telespectador através dos depoimentos.

Essa jornada se desdobra em quatro tempos na vida do poeta: (I) infância e juventude; (II) a entrada na vida diplomática e o reconhecimento como poeta; (III) a maturidade e a consagração como poeta maior; (IV) a aposentadoria, a velhice e o ocaso da vida, já praticamente cego.


Ficha Técnica

Equipe TAL 
Roteiro e Direção: Luiz Fernando Ramos
Produção Executiva: Malu Viana Batista
Coordenação de Produção: Clara Ramos
Direção de Fotografia: Ivanildo Machado
Edição: Lessandro Sócrates
Design Gráfico: Deborah Guerra
Música Original: Eduardo Guimarães Álvares
Ator: Lee Thalor


Equipe TV Escola
Ministério da Educação Departamento de Produção e Capacitação em Programas de Educação a Distância Coordenação-Geral de Produção de Programas em Radiodifusão

Produção TV Escola 
Alexandre Fischgold
Érico Monnerat



Para mais vídeos visite meu canal no Youtube

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Renascendo - Descortinando Pablo Neruda (poeta)



"Sua maciez chegava, voando por sobre o tempo, sobre o mar..." 
(Quem Morre - Pablo Neruda)

Pequena Morte*

Na primeira vez, acordei primeiro e fiquei olhando ela dormir, seu peito subia e descia calmamente, compassadamente como um relógio preciso, já era dia e eu amei estar ali. Continuávamos abraçados, encaixados, não era mais virtual e continuávamos conectados. Admirava seu semblante calmo, amável, havia um leve sorriso mesmo estando dormindo. Deslizei as costas da mão pelo seu rosto, descendo pelo pescoço, por sua pele cor de bronze e seu cabelo agora selvagem, depois da guerra travada ali naquele campo de batalha. Como agora, não tinha o mínimo de sono, queria guerrear mais, mas também adorava ver ela em paz. Ainda mais quando a paz era dupla, pois nessa luta ninguém sai perdendo apesar de acabarem os dois morrendo. Uma pequena morte é verdade, mas que sempre é buscada, pois com ela o corpo para no tempo e apenas por um momento, as almas se fundem, voam e dançam para retornarem completas, repletas um do outro e de si mesmos. E todo dia eu quero morrer de novo.

Joakim Antonio 

"Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza." Pablo Neruda 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Entintado - Manufatura


Entintado,  no Manufatura - Literatura Artesanal 




A tinta não parava de escorrer
por mais que limpasse
ela ressurgia em sua face
a folha a frente absorvia
cada lágrima escura
feita de tristezas nuas
verdades puras
alma escancarada
e todos demais clichês
que o açoitavam
marcando a seiva prensada
tornando a folha branca...



Clique abaixo para ler o restante





Manufatura é um espaço dedicado à literatura artesanal, feito em cooperativa por manufatores nada convencionais, trazendo a cada dia uma nova leitura, estou lá todo dia 11. Conheça e surpreenda-se. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Veste de areia



Foi como sempre para a praia deserta, próxima à sua casa, deitou-se na areia e esperou o vento desenhá-la. Cansada de voar pelo inimaginável, sentiu necessidade de terra firme, chão quente e pessoas longe de lhe perturbar. Já sabia o que aconteceria, acordaria toda cheia de areia, dos pés a cabeça, mas não se importava. Era seu momento de retorno ao passado, quando fugia da casa dos pais e, enterrada na areia, sentia-se verdadeiramente em casa.

Hoje em dia não fugia de casa, o pai não podia mais proibir, o filho tampouco ligava, os vizinhos já se acostumaram com suas esquisitices de artista e os poucos casais na praia, também procuravam lugares somente seus. Hoje em dia, ela fugia das próprias palavras, do desassossego dos dias, das línguas más, da falta de poesia, de um mundo que não reconhecia mais e da falta de sua mãe.

Na areia ela brincava de poetiza, vestia-se de bailarina, desenhava asas de anjo e sentia-se deusa, com o poder de criar com as próprias mãos, ou, se desejasse, destruir tudo; mesmo tendo gostado ou não. A areia permitia que vestisse o que mais lhe conviesse, as mais lindas vestes, os sonhos mais loucos, morar em castelos ou campos, perceber seus encantos e se reenergizar.

Mas nesse dia, ela dormiu antes e sem que visse, o vento diminuiu o ritmo, não deixando a areia penetrar em seus cabelos, acariciou-lhe o rosto como brisa de verão, mudou de direção loucamente, a ponto de surgir pequenos redemoinhos, esculpindo lindo vestido, algumas vezes para isso tocando seus pés e acariciando suas mãos. No final rumou para o norte e como que se despedindo, soprou-lhe no ouvido suavemente, acordando-a então.

Ela abriu os olhos lentamente, ainda ouvindo uma linda canção e qual não foi sua surpresa, ao ver o lindo vestido de areia, com o qual, no seu sonho, acabara de lhe presentear sua ausente mãe.


Joakim Antonio


Imagem: Sand by Chudeyka

Colcha de retalhos - Rodrigo Domit em Brasília


Convite - Brasília

Você está convidado para o lançamento do livro Colcha de Retalhos, de Rodrigo Domit, em Brasília. A obra foi finalista do Prêmio SESC 2008 e vencedora do Prêmio Utopia 2010

O evento será realizado no dia 14 de Julho, das 19h às 21h, no Espaço Cultural Ary Barroso, SESC Estação 504, situado na W3 Sul, Quadra 504/505 - Brasília - DF.

Durante o evento, o livro será vendido a R$10,00.


Para confirmar presença, acesse:
http://on.fb.me/sescbrasilia




Página do autor: Rodrigo Domit 

domingo, 8 de julho de 2012

Amigos de La Fontaine - Descortinando La Fontaine (poeta)



Tá de barriga cheia né, safado?
Um queijinho cai bem de vez em quando né, hipócrita?
Euuu?
Não, eu mané. Você mesmo, que gosta de roubar coisas dos filhotes inocentes.
Ha, ha , ha, pelo menos eu não roubo comida de corvo.
Eu não roubei nada, caiu e peguei, tá bem.
Tá nervosa, santa?
Ai meu Santo La Fontaine, você fez de novo.
Pois é, não foi?
Queria que todos soubessem o quão sacana você é, e eu, a pobre raposa inocente, sempre caio nas suas provocações.
Vai reclamar com seu pai, o "Santo".
Sua sorte é que eu não ligo para essa parte, o importante é que ao encenar, acabamos ensinando.
É mesmo, finalmente você tem razão.
Ah, não enche meu saco e quer saber de uma coisa, vamos dormir.
Para quê?
Bom, pelo menos eu não me faço de burro!
Burro é em outra história, ha, ha, ha, ha, ha.
Ai meu La Fontaine, pena que você não pode mais mudar a história, eu ia pedir para mudar de papel.
Tá bom, ia ser, a raposa desafinada, ha, ha, ha!
Tsc, tsc, tsc, cala essa matraca e deita aí.
Tá bom, rabugenta, vamos dormir.
Vamos aproveitar, daqui a pouco alguém abre um livro por aí e só poderemos descansar quando acabar a história.
Minha linda história, você quer dizer.
Ai meu...
Tá, tá, tá, não fala nada já to deitando, sua chata. Zzzzzz.... zzzz...
Epa! Calma aí seu corvo mal educado.
Que foi agora, raposa cri-cri.
E eles?
Onde?
Aí, olhando a gente.
Ah, é mesmo, foi mal.
Até amanhã para você que está lendo, ou melhor, diz aí raposa.
Até a próxima história.

Joakim Antonio 

"Sirvo-me de animais para instruir os homens. Procuro tornar o vício ridículo por não poder atacá-lo com braço de Hércules. Algumas vezes oponho, através de uma dupla imagem, o vício à virtude, a tolice ao bom senso... Uma moral nua provoca o tédio. O conto faz passar o preceito com ele; nessa espécie de fingimento, é preciso instruir e agradar, pois contar por contar me parece de pouca monta." Jean de La Fontaine (  Na introdução da sua primeira edição do livro “Fábulas”)  

Concursos Literários do mês de Julho





Concursos do Mês - Julho de 2012

*Confira também a lista completa dos Concursos do Ano e a lista das Seleções Permanentes no blog Concursos Literários

As datas nos tópicos referem-se ao prazo limite para realizar a inscrição.


10.07.2012 - Novos Autores – Prêmio Cidade de Teresina

10.07.2012 - Prêmio Cidade de Teresina - Contos

13.07.2012 - II Concurso Todoprosa de Microcontos para o Twitter

13.07.2012 - Concurso Literário Sobrames-PE 40 Anos

13.07.2012 - Prêmio Açorianos de Literatura - 19ª Edição

15.07.2012 - III Concurso de Poesias do IHB - 2012

16.07.2012 - 4º Prêmio Literário Sérgio Farina

16.07.2012 - Concurso "Estância de Jorge Amado - Doce Exílio"

16.07.2012 - 8º Concurso Literário Mario Quintana - Sintrajufe-RS

20.07.2012 - XXII Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho

20.07.2012 - XIV FestCampos de Poesia Falada

27.07.2012 - Seleção para a Série de Antologias "Terrir"

30.07.2012 - Prêmio Casa de Rui Barbosa

30.07.2012 - Prorrogado - 3º Prêmio Agostinho de Cultura

31.07.2012 - Prêmio Bunkyo de Literatura 2012

31.07.2012 - Prêmio Henry Evaristo de Literatura Fantástica

31.07.2012 - Prêmio SESC de Contos Infantis Monteiro Lobato

31.07.2012 - Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade

31.07.2012 - Prêmio SESC de Contos Machado de Assis

31.07.2012 - Prêmio SESC de Crônicas Rubem Braga




Informações completas sobre premiações e inscrições no blog




Obs.: O blog Concursos Literários só publica concursos com inscrições gratuitas.

sábado, 7 de julho de 2012

O Dramaturgo - Descortinando Artur Azevedo (dramaturgo)


"Eles passam pra lá e pra cá, vendo apenas uma cadeira, já ele, no primeiro olhar, vê cenas de uma vida inteira."

Joakim Antonio 


"Quando eu morrer, não deixarei o meu pobre nome ligado a nenhum livro, ninguém citará um verso nem frase que saísse do cérebro; mas com certeza hão de dizer: "Ele amava o teatro", e este epitáfio moral é bastante, creiam, para a minha a minha bem-aventurança eterna." (Artur Azevedo "O Theatro", jornal A Notícia, 22/09/1898.)

Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo ( 7 de julho de 1855 - 22 de outubro de 1908) foi um poeta, dramaturgo, contista e jornalista brasileiro.

Na poesia, foi um dos representantes do Parnasianismo, e isso meramente por uma questão de cronologia, pois era um poeta lírico, sentimental, e seus sonetos estão perfeitamente dentro da tradição amorosa dos sonetos brasileiros.

No conto e no teatro, Artur Azevedo foi um descobridor do cotidiano da vida carioca e observador dos hábitos da capital.

Escreveu cerca de duzentas peças para teatro e tentou fazer surgir o teatro nacional, incentivando a encenação de obras brasileiras. Como diretor do Teatro João Caetano, no Rio, encenou quinze originais brasileiros em menos de três meses.

Artur de Azevedo, consolidou a comédia de costumes brasileira, e tornou-se o principal autor do Teatro de revista, em sua primeira fase. Com uma produção jornalística intensa, deve-se a ele a publicação de uma série de revistas, especializadas, além da fundação de alguns jornais cariocas.

Figurou, ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira n. 29, que tem como patrono Martins Pena. Fonte: ABL - Academia Brasileira de Letras

Para saber mais:



Imagem: Rocking Chair by athotmaildotcom

Encontro - Retratos da Alma



Encontro, coluna Palavra Expressa no site Retratos da Alma 



Tomou rumo incerto 
diante da encruzilhada 
voltou seguindo os passos 
passada sobre passada 

Retornou ao recomeço 
refez o rarefeito 
reparou no irreparável 
resignou-se e ressabiou 

A chuva irrompe 
encharcando palavras 
lavando os olhos 
revelando es...


Clique abaixo para ler o texto completo



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Namastê - Descortinando Tenzin Gyatso (pacifista)


 "Sê gentil sempre que for possível. É sempre possível."

Andar no caos
e nele
descobrir a ordem

Não estar
em paz
por isolamento

De ouvidos
e olhos
fechados

Com cabeça
e corpo
congelados

Quero a paz
que vem
do interior

Queimando
a casca
exterior

E talvez
moldando
a mim

O mundo
mude
também

Joakim Antonio 

Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Estas atitudes se refletirão em mudanças positivas no seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores." Tenzin Gyatso 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Jean "Multi" Cocteau - Descortinando Jean Cocteau (poeta)


Ele vai, volta e faz tudo ao mesmo tempo, agora.


Não importa a arte que venha depois, de que família veio, se o entenderam ou os apelidos que teve. Ele nunca conseguirá abandonar seu primeiro nome, Poeta é para sempre. 

Joakim Antonio



"Todo poema é um escudo de armas.
Tem que ser decifrado.
Quanto sangue, quantas lágrimas
em troca desses machados,
dessas amordaças, desses unicórnios,
dessas tochas, dessas torres,
desses martelos, dessas plantações
de estrelas e desses campos de azul!
Livre para escolher as faces,
as formas, gestos, tons, atos,
lugares que o agradem,
ele compõe um real documentário
de eventos irreais. O músico
sublinha o ruído e o silêncio."

Jean Cocteau  - Epígrafe do filme Sangue do Poeta

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Um show de ensaio - Descortinando Fernando Faro (comunicador)

Fernando Faro

Em vez de escrever o livro, ele se tornou a história.


O sudeste teima em desafiar o nordeste, tentando esfriar o sangue caboclo que não se deixa apagar. O nordestino é um forte e não teme a morte, louvando a vida em detalhes e atento a toda paisagem, onde natureza e pessoas em cena, produzem mais do que podemos imaginar.

Fernando Faro é um desses caboclos, nascido em Sergipe e que não deixou São Paulo acinzentar sua visão. Estudante e jogador de futebol, quase nos foi tomado, mas o juízo da mãe o expulsou desse campo e no do Direito ele mesmo anunciou retirada, não sem antes descobrir que gostava de escrever.

Escreveu para jornais, passou para o rádio e depois para televisão, sua verdadeira casa, não sem dar uma passada pelas agências de propagandas. Um comunicador que traz em si a cultura que os nordestinos prezam tanto, música, dança, artes em geral e sempre, absorvendo em detalhes, o que de melhor as pessoas podem oferecer.

Como todo bom comunicador, é um ótimo contador de histórias, tão bom que nos brindou com suas lembranças devidamente enquadradas, pois de que adiantava ser memória viva deixando-nos de memória vazia, sem ver a beleza da mente de tantos músicos, suas pausas compassadas e respostas ritmadas. Então o menino, homem, caboclo, ficou conhecido por muitos como a voz que nos mostrava a beleza desconhecida de tantos outros.

Dizem que é preciso ser poeta para ver poesia em tudo, grande mentira, mas para ouvir o silêncio e reconhecer a poesia ouvindo suas notas antes de soarem, não importa o que digam, é preciso ser poeta, talvez por isso Faro encontrou em Vinícius de Moraes um grande amigo, daqueles que nos dão força para  continuar e também nos ajudam a mandar tudo para a Tonga da Mironga do Kabuletê.

Segue por quase cinco décadas fazendo poemas, onde os próprios poetas são as linhas declamadas e o importante são as pausas que antecedem o canto. O erro nunca foi tão belo e o silêncio nunca tão harmonioso, como quando passa por sua visão e nos é repassado pelas suas mãos.

Se também parássemos para observar, veríamos que há acima de tudo um princípio e por Baixo, um lema: Como a vida. Talvez porque lá no fundo, ele que é muito mais sábio que nós, descobriu que depois há algo muito maior nos esperando e isso tudo, é apenas um Ensaio!


Joakim Antonio

terça-feira, 3 de julho de 2012

Documentário - Lygia Fagundes Telles: a inventora de memórias. (Mestres da Literatura)



Sinopse

"Lygia Fagundes Telles -- a inventora de memórias" é um documentário que se propõe a mostrar a força expressiva e a criatividade da obra da escritora. Através de trechos de seus contos e romances, interpretados por uma jovem atriz, pretende-se passar para o espectador sensações variadas que a leitura das obras pode proporcionar. Depoimentos de especialistas e apaixonados vêm complementar o quadro com informações e análises que contribuem para a compreensão mais profunda das obras. Para aqueles que ainda não tiveram contato com o trabalho de Lygia ou estão iniciando a descoberta da escritora especial, o documentário pretende ser uma introdução instigante -- como Lygia instiga seus leitores a se deixarem levar por mistérios, por paixões antigas, pela invenção.


Ficha Técnica

Equipe TAL
Roteiro e Direção: Bruno Carneiro
Produção Executiva: Malu Viana Batista
Coordenação de Produção: Clara Ramos
Direção de Fotografia: Mariano Kweller
Atriz e Narradora: Apoena Gurggel
Edição: Felipe Macedo
Design Gráfico: Deborah Guerra
Música Original: Marcos Azambuja / Estúdio Zut



Equipe TV Escola
Ministério da Educação
Departamento de Produção e Capacitação em Programas de Educação a Distância
Coordenação-Geral de Produção de Programas em Radiodifusão


Produção TV Escola
Alexandre Fischgold
Érico Monnerat






Para mais vídeos visite meu canal no Youtube

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Uma anarquista, graças a Deus - Descortinando Zélia Gattai (escritora)


Memórias são jóias raras e caras, não basta estar lá para obtê-las. Há de se participar do momento, por inteiro, mesmo que ninguém note, porque você assim o quis, sendo apenas mais um objeto na cena da história. Assim é o fotógrafo, mas o que poucos percebem é que desse jeito torna-se história viva, porque além da imagem tátil, possui a volátil que só em sua mente se confina.

Mas quando ele resolve contar toda sua experiência, colocar no papel todas suas memórias, vívidas dentro das fotos e vividas fora delas, nada supera suas histórias, de vidas, pois não há como se fazer objeto indireto na cena, torna-se mais que pretérito imperfeito, faz-se presente e molda-se futuro do pretérito mais que perfeito, pois é dona do momento e seus detalhes, que agora entram, por sua pena, para o sempre da história.

Zélia Gattai era fotógrafa do futuro sem saber, guardou imagens na memória e em álbuns fotográficos até completar 63 anos, quando então começou a nos presentear com todas elas, através dos livros que escreveu.

E isso tudo só se deu porque ela era Anarquista, graças a Deus!

Joakim Antonio

"Continuo achando graça nas coisas, gostando cada vez mais das pessoas, curiosa sobre tudo, imune ao vinagre, às amarguras, aos rancores." - Zélia Gattai 

domingo, 1 de julho de 2012

O poeta ao céu - Descortinando Alceu Valença (compositor)


No nordeste a poesia impera, o novo nasce até no seco e com bravura e rapidez, toma conta do país.

É de lá que vem Alceu, aquele menino dos Valença, que todo mundo pousa os olhos para ver no que deu. Crescendo em meio ao tradicional misturado com o contemporâneo, absorvendo tudo, das cirandas de menino ao Rock & Blues americano. Construído pelo amor das mulheres, desde a que lhe apresentou a poesia, ainda levado pelas  mãos, até as que, levadas por suas mãos, conheceram a poesia.

Talvez fosse inevitável que se tornasse poeta, e como todo poeta, não teve medo de ousar e renovar seu mundo, assim, de verso em verso, Alceu renovou a música, porque além de ousar, ele é daqueles raros que acerta o mote, criando no seu caldeirão a composição certa, que como magia, canta e encanta corações.


Alceu Valença é múltiplo e possui várias alcunhas, mas antes de tudo, ele é um Poeta.


Joakim Antonio 


"Antes de me tornar músico, eu era poeta. Sempre tive atração pela língua portuguesa. Penso muito rápido e a palavra escrita atenua a velocidade do pensamento” - Alceu Valença

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